quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Reserva Federal de Paracas



O Candelabro é um misterioso sinal gravado na encosta desértica que permanece  graças ao tempo seco e a ausência de erosão natural. Alguns  associam o sinal às  linhas do Vale de Nazca, outros dizem tratar-se de um sinal aos navegantes que podem avistar  a forma de  tridente à distancia. Teria sido feito para facilitar o desembarque da frota  do argentino San Martin, libertador do Peru 

Bandos de pelicanos vivem nas falésias da costa

Pela tarde o dia abriu num azul iluminado que mudou completamente as tonalidades do deserto até o momento cinzas pelas nuvens da manhã. Um colorido de tons, estratos de rochas e areias, montanhas com diferentes cores que lembravam aquelas fotos tiradas pelas naves robôs em Marte. Seguimos de micro-ônibus pelo deserto com nosso guia que parecia ter origem européia e se vestia como um Indiana Jones mais pobre. Sua roupa de selva era camuflada com um verde forte que destoava completamente do ambiente pleno de tons amarelos da planície desértica. Parecia ao longe um arbusto em meio a terra estéril. Com certeza sua camuflagem era tão eficiente como a de um pavão no deserto. Mas ele tinha um bom conhecimento da região e sua fauna. Discorreu sobre o fato de toda aquela região ser o antigo leito de antigo oceano que na época da formação dos continentes, no choque das placas tectônicas formaram a Cordilheira do Andes. Muitos fósseis de animais marinhos confirmam a tese, pois várias espécies foram pegas de surpresa no cataclismo e permanecem seus vestígios como que petrificados na posição de ação quando vivos. Conforme a luz do sol refletia sobre as encostas das montanhas a multiplicidade das cores do deserto revelavam nuances de beleza e diversidade inimagináveis para uma região  aparentemente sem vida.

    

O arco que encimava a rocha foi destruído pelo último sismo
alterando em definitivo a  forma da falésia


Playa Roja
A composição do leito da Playa Roja é
de pequenas pedras de tom avermelhado


A paisagem se assemelha ao que vemos sobre Marte 
As tonalidades de cores do deserto são variadas 
As belezas naturais no Parque são monumentais


Ao fim do passeio chegamos a um entreposto de pescadores onde vários  restaurantes a beira mar serviam seus frutos. A Silvia é vegetariana convicta e não transige de sua dieta. Para alegria dela serviam um prato vegetariano: arroz, omelete de legumes e papas. Eu cai de boca em mariscos ao natural, diferentes dos que existem no Brasil e absolutamente deliciosos, com um sabor exótico, regados pela famosa cerveja Kuskeña, e depois comi um filé de peixe com cebolas ao limão, aipim, batatas doce e fritas comum nestas paragens.
Após a jornada o descanso merecido na vila
 de pescadores bem na hora da fome
Comida farta, mariscos e peixe com papas.
cebolas regado por deliciosos limões
e Cerveja Kuskeña bem gelada.
Os pelicanos aguardam a chegada dos barcos dos
pescadores para também fazer uma boquinha
A fé católica introduzida a força pelos espanhóis
 está sempre presente em todos os momentos da vida
desse povo que desde tempos imemoriais foi religioso
A despedida da Reserva


A paisagem lembrava um filme de algum lugar distante, um outro planeta,  com pescadores desembarcando seus pescados para o mercado sob o olhar atento de gaivotas e pelicanos. Ao longe as falésias onde quebrava o oceano, uma pintura cheia de muitos tons, com certeza  obra do Grande Arquiteto Universal. Ao fim do dia voltamos exaustos para HuacaChina



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